Entrevista: M V Garcia

28 de julho de 2016
 O Lua Literária e o blog Pausa para Pitacos tem o prazer de receber em nossa colônia de férias, a autora M V Garcia.
 Nossa colônia está bombando, e enquanto a autora relaxava em nosso chalé vip, aproveitamos para bater um papo sobre seu trabalho. E ainda recebemos outros convidados muito especiais, direto de Yuan. 

M V Garcia é autora da série A Chama da Esperança. O primeiro livro, A Princesa Renegada, foi publicado pela Editora Arwen. O segundo, A Luz da Redenção, pelo Clube de Autores. A série recebe comentários positivos, e é muito bem avaliada no skoob. A autora também é conhecida pelo pseudônimo Hidaru. Apaixonada por livros, viodegames de RPG, animes e mangás; gosta de escrever histórias, textos e fanfics sobre a cultura nerd. M V Garcia é formada em artes visuais. Atualmente cursa pedagogia e reside no interior do Rio de Janeiro.

ESTE POST FAZ PARTE DO ESPECIAL COLÔNIA DE FÉRIAS.

Bia: Começo minha entrevista já fazendo a pergunta que deve estar cansada em ouvir: qual foi sua inspiração para a criação da série A Chama da Esperança?
M V Garcia: (risos) Sem problemas, Bia! Essa é uma pergunta importante, até para o leitor “saber para onde está indo”, quando começar a ler. Eu sou fã de animes e mangás, e também de jogos de RPG (role playing game), principalmente os com cenários de fantasia medieval: guerreiros, espadas, magos, castelos... Sempre quis escrever um livro que mesclasse tudo isso e assim o Chama nasceu.


Bia: Escrever fantasia não deve ser fácil. Você precisa fazer com que o leitor se conecte a um universo que existe apenas em sua mente. Como foi o desenvolver do mundo de Yuan?
M V Garcia: Eu sempre gostei desse tipo de literatura, desde os mais clássicos como Tolkien até os mais modernos. A parte do desenvolvimento de mundos sempre me chamou atenção. A ideia de criar um mundo novo, único, livre para você interferir como quiser sempre me pareceu fascinante. Então a partir dos livros que eu lia e dos jogos que eu jogava (cada jogo de RPG é um mundo único) já dava pra ter uma ideia de como começar. Yuan no início era um mundo sem nome: era apenas o lugar onde se passava a história, e conforme fui criando-a, imaginando desde os locais por onde Kaira passaria, até o contexto político-social de Willford e a República, tudo foi se formando aos poucos. Ainda tem muitos locais e regiões desse mundo que imaginei, mas não explorei nestes dois livros (quem sabe num terceiro livro?). O nome Yuan é um anagrama com os nome dos dois deuses que, na mitologia da história, criaram esse mundo: YU Shang e MinNA Yu.

Bia: A série é indicada para um público muito amplo, jovens e adultos. E uma característica que deixei evidente em minhas resenhas, foi a forma em que tratou a “morte”. Levando como base a animação Dragon Ball, considero que em animes e mangás o assunto é abordado de forma natural, ficando compreensível para o leitor/telespectador, o “processo” de morte do personagem. No primeiro livro, eu não sofri tanto com a morte de alguns dos personagens, já no segundo, algumas perdas ficaram incompreensíveis para mim. Ressalto que deveria ter lido e assistido mais animes quando criança, quem sabe entenderia esse fim que todos nós teremos um dia (risos), mas, como é para você dar esse desfecho a um personagem? É algo que ocorre naturalmente, ou desde o seu surgimento você já tem o destino traçado? 
M V Garcia: Eu sei qual morte em específico você está falando (risos). Uma coisa que escutei uma vez, como uma dica para escritores (infelizmente não me lembro a fonte agora), é que, uma “boa morte” numa história é aquela que, se ela NÃO existisse, a história tomaria um rumo totalmente diferente. Ou seja, ela tem que ser absolutamente necessária para o andamento da história. Se não, é uma morte dispensável. Muitos autores são assassinos em massa (risos), talvez como uma forma de chocar o público. Pessoalmente falando, como autora eu só acho válido matar personagens se seguir o que falei acima. E a morte em questão foi necessária, primeiro para o andamento da história, e outra por que há um significado por trás (se eu disser mais detalhes sobre isso aqui seria um spoiler, mas a Bia sabe o que é risos). 
Outra mensagem que também desejo passar na história é sobre a questão da reação dos demais personagens diante da morte. Sabemos que a morte é inevitável, mas sempre estamos despreparados diante dela. A Chama da Esperança é uma história sobre guerra, então, os personagens estão constantemente diante da morte. Mas eles precisam ser fortes e continuar lutando, mesmo após perder entes queridos, porque se não o fizerem, a guerra continuará e ainda mais pessoas podem morrer. Então, eles precisam arranjar forças, mesmo diante de tanta tragédia, em nome de uma causa maior.

Bia: A protagonista Kaira foi uma personagem muito bem construída. É cativante e forte. Apesar de todo o poder que tem em mãos, Kaira não deixa de ser uma menina, inclusive tem seus momentos de imaturidade. Qual sua intenção em fazer de Kaira a grande heroína da sua série?
M V Garcia: Eu gosto muito de personagens que começam imaturos, e diante das dificuldades que surgem, vão crescendo, amadurecendo, se tornando mais fortes junto com o leitor, que acompanha a história. Harry Potter e Dragon Ball são bons exemplos, os leitores literalmente cresceram junto com os personagens ao longo dos anos em que ambos eram publicados. E a Kaira é minha personagem assim. Outros personagens, como a Yukiko, também crescem durante a história, mas a Kaira é a que cria um vínculo mais forte com os leitores. Gosto de heróis e heroínas assim, justamente porque o leitor se identifica com eles. 

Bia: Hawk, apesar de odiar a raça de Kaira, me conquistou desde sua primeira aparição. A atmosfera em sua volta é diferente. Como foi a construção desse personagem?
M V Garcia: Hawk é talvez o personagem mais complexo do livro. Ele é o exato oposto da Kaira: enquanto ela é a personagem mais fácil de se ler, Hawk é o mais difícil. É difícil saber o que ele está pensando. Então o processo de apresentá-lo aos leitores foi mais lento. As motivações dele foram surgindo aos poucos. Por isso, muitos o consideram um vilão clássico, logo no primeiro livro. Eu gostei muito de escrever o segundo livro justamente por que ali aparecem as outras facetas de Hawk. No final, o mistério em torno dele também ajudou muitos leitores a se sentirem atraídos por ele, no sentido de querer desvendar quais seriam suas verdadeiras motivações. Mas reconheço que ele é um personagem extremo: tem leitor que ama, e leitor que odeia (risos). Gosto de ver a reação dos leitores em relação a ele.

Bia: Existe uma grande história por trás de Hawk, que iremos saber somente no segundo livro. Você já tinha em mente todo o destino do personagem desde o primeiro livro? 
M V Garcia: Sim. O destino de todos ali já estava traçado desde muito antes do primeiro livro, até. Eu demorei quase dez anos idealizando a história na cabeça antes de começar a escrever, então isso facilitou o processo de escrita.

Bia: A série conta com um ArtBook, que trás ilustrações e curiosidades a respeito. Fale um pouco sobre ele.
M V Garcia: O artbook foi um brinde dos primeiros compradores do segundo volume da série, A Luz da Redenção. Ele traz ilustrações exclusivas (eu mesma desenho a maior parte das artes da série), além de curiosidades e histórias sobre a produção da série, e também sobre o mundo de Yuan. Foi uma forma de apresentar aos leitores mais sobre esse mundo, que é bem vasto, e que não pude explorar todo nos dois livros. A Bia em breve vai receber o dela (risos).

Bia: A Luz da Redenção fecha, por assim dizer, o ciclo Kaira. Mas, nós, fãs da série, ainda desejamos mais do mundo de Yuan. Há novos projetos para a série?
M V Garcia: No momento ainda estou às voltas com a divulgação da série A Chama da Esperança e com outros projetos pessoais, então, não estou escrevendo no momento. Mas Yuan ainda existe na minha cabeça e ainda esconde muitas histórias. Penso em novas histórias, que iriam se passar neste mesmo mundo (em outras regiões que não apareceram nos dois livros), e também, num livro prólogo, contando como começaram os eventos narrados em A Chama da Esperança. Mas por ora as ideias ainda estão cozinhando na minha mente (risos).

Bia: Conte para nós os planos para seu futuro enquanto escritora.
M V Garcia: Como dito acima, por ora só estou imaginando histórias. A publicação pela Editora Arwen foi um sonho realizado, mas ainda quero explorar novas plataformas, principalmente as digitais. O Wattpad ainda é novidade pra mim, bem como a Amazon. Espero poder realizar projetos nestas plataformas no futuro.

Bia: Quero fazer um grande pedido. Para os leitores que ainda não conhecem a série, eu gostaria muito que os personagens Kaira, Hawk e algum membro dos Falcões Negros a apresentassem. Será que é possível recebe-los aqui no blog?
M V Garcia: Mas é claro! Só um minuto...

Kaira: Olá a todos! Kaira falando aqui! A autora nos chamou para apresentarmos a vocês esta incrível série chamada A Chama da Esperança! Pra isso trouxemos os convidados...

Hawk: ........ (silêncio)

Nemesis: ........... (silêncio)

Kaira: Hã.... Ok. A série conta a história de humanos e feiticeiros, que entraram em guerra há 15 anos. Atualmente, os humanos vivem no reino de Willford, e os feiticeiros vivem na República. Os dois reinos estavam em paz, até que...

Hawk:...Os feiticeiros atacaram covardemente nosso território.

Kaira: Não foi nossa culpa! Mas, bem, por causa disso a guerra recomeçou entre os reinos. Mas ninguém sabe que os reais culpados...

Nemesis: Culpados não; responsáveis. Nós, os Falcões Negros, seremos os responsáveis por trazer a justiça a estas terras, acabando para sempre com o reino dos humanos...

Kaira: Destruir o reino dos humanos não é justiça!

Hawk: Malditos feiticeiros, jamais vamos permitir isso!

Kaira: Eu já disse que a culpa também não é dos feiticeiros! H-hm, mas bem... pra saber como essa história continua, você vai ter que começar a ler. Você pode adquirir a Parte I – A Chama da Esperança, no site da Editora Arwen ou direto com a autora, pela página do Facebook (@achamadaesperanca). 
E a Parte II – A Luz da Redenção, você encontra em formato e-book pela Amazon, e no formato impresso pelo Clube dos Autores.
Nós e a autora agradecemos muito à Bia do Lua Literária por nos convidar a vir aqui no blog! E aguardamos todos vocês no mundo de Yuan! Que os Deuses protejam vocês!

Acessem: Fanpage | Clube de Autores | Amazon | Arwen 

Nós agradecemos muito a participação da autora, e desejo muito sucesso. Ela é uma graça de pessoa, seus livros, além de conterem uma história original, tem edições incríveis. A autora capricha em tudo que faz, não deixem de visitar a fanpage, tem confecções incríveis dos personagens.
Lembrando que você tem a chance de adquirir o primeiro livro da série, ele está no kit promocional da nossa colônia de férias. 


 O terceiro jogo você encontra no Pausa para Pitacos. E atenção participantes da Colônia: como hoje a entrevista será postada em ambos os blogs, se torna obrigatório o comentário apenas no Pausa para Pitacos. Aqui no Lua, basta clicar no G+.

Fique por dentro do que já rolou aqui no Lua:

E não deixe de conferir o que já rolou no Pausa para Pitacos:











Post por: Bia Gonçalves
Sua maior paixão são os livros que lhe fazem viajar. Odeia mesmices, por isso adora se aventurar nas páginas de uma boa fantasia e se prender a um terror daqueles de parar o coração.
12 Comentários | BLOGGER
Comentários | FACEBOOK

12 comentários:

  1. Olá...
    Amei essa entrevista!!! E fiquei muito feliz em poder conhecer um pouquinho mais dessa série!!! Estou participando dos Jogos da Colônia de Férias e torcendo muito para ganhar e conhecer essa série mais de pertinho...
    Beijinhos...

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Oi Cris! Eu queria ser uma blogueira rica, juro que daria um livro para todos os participantes, mas não dá né?
      Então te desejo sorte!
      Beijos

      Eliminar
  2. Olá!!!
    Amei a entrevista, adoro livros de fantasia e não conhecia essa autora...Agora preciso do livro, rs...
    Beijinhos e uma ótima semana
    https://meusamoresvariedades.blogspot.com.br/

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. hahahaha, fico feliz por demais que tenha gostado, obrigada ♥
      Beijos e um ótimo final de semana pra você.

      Eliminar
  3. Oi Bia! Adorei a entrevista!
    Eu não conhecia o trabalho da autora, mas já fiquei curiosa para ler os livros dela :)

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Oi Anna! Obrigada, fico feliz que tenha gostado ♥
      Espero que conheça seu trabalho, irá se encantar.
      Beijos

      Eliminar
  4. Olá, tudo bem? Muito legal a entrevista! Não conhecia a autora e nem seus livros, mas fiquei com vontade de lê-los.

    Beijos,
    Duas Livreiras

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Oi Lari! Que bom que gostou, espero que tenha a oportunidade de conhecer.
      Beijos ♥

      Eliminar
  5. Também gostei da entrevista, Biaa! Parece que a gente fica bem pertinho dos autores quando estamos diante dessas entrevistas, é bom saber da motivação de cada um.

    Beijo!
    www.leitorasvorazes.com.br

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. Oi amore! Muito obrigada, fico imensamente feliz que tenha gostado. Ahh nem me fale. Quando tenho a oportunidade de entrevistá-los, fico em êxtase. E amo conferir entrevistas em outros blogs, também sinto essa proximidade.
      Beijos

      Eliminar
  6. Não sou muito fã do gênero, mas fiquei curiosa e agora vou me dedicar mais ainda pra ganhar o prêmio da colônia hehehe
    Beijos!

    ResponderEliminar
    Respostas
    1. hahahaha que bom Cris!! Mesmo não gostando do gênero ficou despertada através da entrevista, muito feliz aqui.
      Boa sorte!!
      Beijos

      Eliminar

 
© Lua literária - Agosto/2016. Todos os direitos reservados.
Criado por: Maidy Lacerda
Tecnologia do Blogger.
imagem-logo